Realizar uma atividade física, abotoar um sutiã, tomar banho, pentear os cabelos, escovar os dentes, vestir-se… Você só é capaz de praticar todas essas atividades graças à articulação mais flexível do corpo humano, o ombro. Uma vez instalado, o quadro doloroso pode atrapalhar simples ações cotidianas, levando o paciente a desejar uma solução rápida e eficaz, o que, dependendo da causa, nem sempre é possível. A dor no ombro ocupa o terceiro lugar na demanda aos consultórios ortopédicos, ficando atrás apenas das dores na coluna e nos joelhos. Há estimativas de que ela acometa entre 15% e 27% da população em geral e que, todos os anos, uma em cada dez pessoas irá requerer atendimento médico por causa desta condição. Incide com maior frequência sobre o sexo feminino, tendo pico na faixa etária entre 45 e 65 anos. A dor pode ser aguda (repentina), ou pode durar algum tempo, tornando-se crônica. Pode ser localizada em pontos específicos da articulação, porém algumas pessoas relatam irradiação para o cotovelo, mão e região da escápula. Há pacientes que relatam origem na região cervical. Nesses casos, nem sempre a raiz do problema é no próprio ombro. A dor pode acontecer durante os movimentos e/ou em repouso. Quando relacionada a disfunções nos tendões do ombro, o indivíduo costuma referir piora noturna. As causas podem ser traumáticas, mais frequentes em pacientes jovens que apresentam uma demanda mais alta da articulação, particularmente durante atividades físicas. Há no entanto aqueles casos relacionados ao envelhecimento, quando o indivíduo pode evoluir com inflamações e lesões dos tendões, bem como por degeneração da cartilagem articular, no caso das artroses. É importante ressaltar que cada caso deve ser analisado de forma individualizada, devendo o paciente procurar um ortopedista, preferencialmente um especialista na área de ombro e cotovelo.